Quinta turma da capacitação teve início em junho e alcançou cerca de 30 profissionais da SR Fortaleza
A Escola de Saúde Pública do Ceará (ESP/CE) entregou à sociedade mais uma turma de profissionais capacitados em Vigilância e Manejo Clínico da Tuberculose. O grupo, composto por médicos, enfermeiros e farmacêuticos, atua na Superintendência Regional de Saúde de Fortaleza (SRFOR) e já está potencializando os serviços com o conhecimento adquirido em sala de aula, durante curso promovido pela autarquia. O ciclo de aprendizagem aconteceu entre os últimos dia 23 e 27 de junho, com atividades presenciais e on-line.
Segundo a professora da capacitação e articuladora dos Grupos Técnicos de Tuberculose e Hanseníase no Ceará da Secretaria da Saúde do Estado (Sesa), Yolanda Morano, a iniciativa promoveu uma ampla abordagem sobre o tema. “Os alunos puderam entender as mais diversas formas de comportamento da doença nos pacientes, desde a infância até a fase adulta. Além disso, eles estudaram as etapas e tipos de infecção. Houve, ainda, um momento para discutir o sistema de informação. Nesse último tópico, a ideia foi fortalecer a nossa base de dados”, explicou. Assista ao depoimento de Morano.
Essa foi a quinta turma do Curso Básico de Vigilância e Manejo Clínico da Tuberculose aberta pela ESP/CE. As edições passadas ocorreram em Sobral, Tauá e Limoeiro do Norte, além da Capital, alcançando cerca de cem alunos.
Vigilância Epidemiológica e Manejo Clínico da Tuberculose; Métodos Diagnósticos da Tuberculose/ Sistema Infecção Latente da Tuberculose (ILTB) e Tuberculose Drogorresistente (TBDR); Vigilância do Óbito; e Educação em Saúde e Mobilização Social são alguns assuntos que compõem o currículo da capacitação.
A expectativa agora é que esses profissionais potencializem as ações de Vigilância Epidemiológica da doença nos respectivos cenários de atuação
Tuberculose: o que é, quais os sintomas e como prevenir
Causada pela bactéria Mycobacterium tuberculosis, também conhecida como bacilo de Koch, a tuberculose afeta prioritariamente os pulmões, embora possa acometer outros órgãos e/ou sistemas. Os principais sintomas da doença são tosse por três semanas ou mais; febre vespertina; sudorese noturna e emagrecimento. A recomendação é procurar a unidade de saúde mais próxima de casa para avaliação e realização de exames.
A prevenção passa pela vacina BCG, disponibilizada pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e ministrada nas crianças ao nascer, ou, no máximo, até os 4 anos, 11 meses e 29 dias. Em casa ou em locais públicos, recomenda-se manter os ambientes bem ventilados e com entrada de luz solar, cobrir a boca com o antebraço ou um lenço ao tossir e espirrar.
Cenário cearense
De acordo com a Sesa, o estado teve o segundo melhor desempenho no indicador de cura de novos casos de tuberculose pulmonar do País. Os dados foram divulgados durante uma certificação do resultado, ocorrida em reunião das coordenações estaduais e municipais (de capitais) da doença, em outubro de 2024, tendo como base os registros referentes ao ano anterior.
No território cearense, 43,5% dos municípios com mais de cem mil habitantes atingiram a meta estratégica para o Plano Nacional Pelo Fim da Tuberculose como Problema de Saúde Pública, ficando atrás apenas do Amapá, que teve 50% das cidades com a meta atingida. O Acre foi o terceiro estado certificado, com 40,9% das localidades.
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