Encontro reuniu especialistas da Rede Sesa
O Hospital Geral de Fortaleza (HGF), equipamento da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), sediou, nesta quarta-feira, 16, o seminário “Hepatites Virais no Ceará: Desafios e Avanços na Rede de Atenção à Saúde”, integrando o Julho Amarelo, mês de conscientização sobre a prevenção, o diagnóstico e o tratamento das doenças. Com a presença de especialistas do Estado, o encontro serviu para resgatar o cenário das hepatites no Ceará — de uma realidade passada em que elas eram indetectáveis, até hoje, quando, se detectadas e tratadas a tempo, podem ser curáveis.
O evento contou com palestras de Ana Maria Cabral, coordenadora de Vigilância Epidemiológica e Prevenção e Saúde (Covep); de Surama Valena Elarrat Canto, da Coordenadoria de Imunização (Coimu/Sesa); de Isabel Nobre, assessora técnica da Atenção Primária à Saúde (Coaps/Sesa); e de Sérgio Pessoa, gastroenterologista do HGF. Todas as exposições permearam os aspectos que envolvem as hepatites virais.
“A imunização tem desempenhado um papel fundamental na recuperação e aumento das coberturas vacinais no Ceará. O trabalho é desafiador, mas de extrema importância para a saúde pública do Estado, visando proteger a população contra diversas doenças”, destacou Cabral, referindo-se à importância da vacinação na prevenção às hepatites A e B.
Ana Maria Cabral reforçou o papel da imunização no combate às hepatites virais
Lauro Perdigão, secretário executivo de Atenção à Saúde e Desenvolvimento Regional da Sesa, salientou a importância das campanhas anuais de conscientização. “Quando deixamos de falar sobre um tema, ele parece desaparecer, e doenças que não deveriam existir voltam a circular. O mesmo ocorre com as hepatites. Assim como a tuberculose e o sarampo, não é porque não falamos delas que deixaram de ser uma ameaça”, explicou.
Lauro Perdigão reforça a importância de campanhas preventivas
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Manoel Pedro Guimarães, diretor-geral do HGF, destacou a importância do evento. “O tema é de extrema importância do ponto de vista epidemiológico. Observamos duas frentes cruciais: a promoção da saúde focada na identificação e diagnóstico precoce e o tratamento de pacientes que, infelizmente, não tiveram acesso ao diagnóstico a tempo e acabaram necessitando de um transplante”, disse.
Para Manoel Pedro, a visão ampla das hepatites virais é crucial para sua erradicação
Referência em transplantes hepáticos, a médica e diretora-geral do Hospital Universitário do Ceará (HUC), Ivelise Brasil, esteve presente na mesa de abertura e contribuiu com sua experiência no assunto. “Os mais jovens não têm ideia, mas, há 40 anos, times inteiros de futebol se contaminavam por hepatite, por conta de seringas compartilhadas. Hoje, avançamos bastante, graças aos esforços conjuntos da atenção primária e dos especialistas, que têm gerado resultados mensuráveis e significativos no diagnóstico e tratamento dessas doenças. Acredito firmemente que é nossa obrigação e totalmente possível cumprir a meta de erradicar as hepatites virais”, ressaltou.
Ivelise Brasil contribuiu com sua experiência na mesa de abertura do seminário
A diretora médica do HGF, Mariana Ribeiro, evidenciou a valorização do hospital em relação à promoção da saúde. “Nossa unidade se destaca por sua assistência e ensino de referência, e cremos que a promoção também é muito importante, especialmente por meio de ações preventivas e educativas como esse ‘Julho Amarelo’. Agradecemos imensamente o apoio da Sesa e de todos os envolvidos para a realização desta ação”, concluiu.
Mariana Ribeiro mencionou a força da prevenção
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